quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O projeto do outro:


O projeto do outro:

Fiquei encantada com os projetos dos colegas de curso,todos conseguiram alcançar os objetivos propostos e algo curioso nos relatos era as dificuldades encontradas,pois os projetos foram aplicados em escolas diferentes (escolas públicas e privadas,e para alunos com faixa etária diversa)e ainda assim ,em sua maioria,as dificuldades eram as mesmas.Ex. falta de local adequado para realizar oficinas de arte,assim como, para acomodar os materiais e ferramentas utilizadas, indisciplina,e recursos materiais disponíveis.

Os projetos interdisciplinar das colegas Denise e Edileia sensibilizaram a todos, ao propor a arte também como terapia, sopro de vida e alegria .No caso da Denise para crianças que atravessam um momento difícil e delicado que é vencer um câncer, e o da Edileia que destinou-se a terceira idade .

























Resultados do Projeto

Resultados do Projeto

O projeto teve êxito, pois atingiu os objetivos propostos de ampliar a compreensão visual em relação ao cotidiano próximo dos discentes, relacionar urbanização e impacto ambiental,assim como, fomentar a reflexão acerca da urbanização a partir de releitura do seu entorno urbano,possibilitando com a oficina de criação o desenvolvimento da criatividade, do gosto pela criação artística e principalmente do senso crítico.

Os alunos demonstraram muito empenho ao produzirem suas esculturas de papelão e a satisfação com o resultado plástico visual estava estampado na face de cada criança.

A experiência proporcionou um aprendizado mútuo e prazeroso, através das devolutivas de pesquisas espontâneas sobre o artista estudado constatei que o projeto, de algum modo, despertou a curiosidade e o gosto pela arte.
A meu ver que, o primeiro passo de toda ação que busque êxito deve ser o planejamento e este em sala de aula é imprescindível, contudo, se o professor não souber priorizar os conteúdos essenciais, lançar mão de uma metodologia compatível ao conteúdo e adequar a sua ação a sua realidade o objetivo traçado no planejamento não será atingido.

As dificuldades encontradas foram: espaço físico adequado para a oficina de criação em arte falta de recurso material. Destaco o fato de já conhecer os alunos como ponto favorável.

Percebo como um grande desafio, entre outros, da ação docente no âmbito das artes visuais o de mudar a forma de pensar e de ensinar arte onde o docente torna-se o artesão do ensino que exerce.



(encontro presencial, expondo o projeto aos colegas de curso)
(encontro presencial, expondo o projeto aos colegas de curso)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Registro visual da execução do projeto:






Registro visual da execução do projeto:


































Relatório de Execução

Relatório de Execução

Projeto: “Reciclando o Olhar uma necessidade sócio ambiental”


Local de aplicação do projeto: Escola Municipal “Sagrados Corações”.

Público alvo: 30 alunos do 1º ano B, (período da tarde).
Duração: de outubro à novembro de 2011

Aulas: 05 aulas de 50 minutos cada.
Áreas: Artes visuais , Meio Ambiente e Geografia.
Docente responsável: Marcela Furegati de Matos.

O projeto foi idealizado para um perfil de alunos de quinto ano (9 /10 anos), mas por motivos diversos não foi possível a realização do trabalho com estes alunos, sendo assim, se impôs o primeiro desafio, repensar o público alvo e para solucionar a questão optei por adaptar o projeto para alunos de primeiro ano, meus alunos.

Ao traçar o plano de ação do projeto, assim como, os conteúdos a ser trabalhado foi consultado os parâmetros curriculares nacionais específicos do ensino fundamental I com o intuito de realizar um projeto que estabelecesse concordância com esse importante documento oficial.

A metodologia adotada se baseou na concepção socio-interacionista, de foi estimulada a participação dos alunos, a troca de experiência através da roda de conversa, da aula expositiva dialogada e das oficinas de criação. E contemplou passeio pelo bairro, apresentação e análise de imagens- exigindo reflexões, aulas teóricas expositivas e participativas, exercícios práticos- oficinas.

Feita as adequações necessárias, o plano de ação teve inicio dia 18 de outubro, em um primeiro momento os alunos assistiram o slide (do material didático formulado) com imagens diversas: cidade de São Paulo, favelas, desastre ambientais, da cidade de Barretos, e cenas de lixo espalhado pelo perímetro urbano. No segundo momento os alunos socializaram a impressão que tiveram das imagens e foi mediada varias reflexão como: de que maneira o espaço urbano é ocupado, se há presença de área verde ou não, a questão da quantidade de lixo produzido, como é feito o descarte, quais conseqüências de lixo acumulado em vias públicas, entre outras.

Mesmo já conhecendo os alunos, fiquei maravilhada com as participações, e uma aluna que se expressa muito bem a Isabelli, mais uma vez, me surpreendeu com o seu conhecimento prévio sobre a relação entre lixo e desastres ambientais. Ela salientou a falta de consciência de coletividade dizendo: “as pessoas sabem o que tem que fazer e não fazem porque é mais fácil fazer o errado porque na hora que tão fazendo não se sentem prejudicadas, do lado da minha casa tem um terreno todo mundo joga lixo lá e depois quando aparece bicho na casa deles eles reclamam, só que a culpa é deles e o pior minha casa que é do lado fica com um fedo [...] ano passado com a chuva forte os lixos do terreno ficaram tudo espalhado pela rua e entupiu o lugar que a água da chuva passa para não juntar água e entrar nas casas, achei que ia virar rio, uma mulher chamou a TV B” (TV B - rede televisiva local).

Para finalizar as considerações tecidas, principalmente sobre o descarte correto dos resíduos, aproveitando o gancho da explanação da aluna Isabelli, os alunos realizaram um jogo sobre coleta seletiva de lixo,na lousa digital ,os discentes adoram este recurso.

Na segunda aula, dia 21 de outubro, apresentação do trabalho de Sérgio César (data show), em seguida os alunos fizeram um registro visual do entorno urbano, uma espécie de esboço do ambiente urbano que deseja esculpir, os matérias disponibilizados foram: lápis de cor, giz de cera, canetinha (de ponta fina), sulfite, lápis grafite, borracha, pinceis e tinta aquarela.

Enquanto os alunos faziam suas produções um notebook ia passando de mesa em mesa para que os alunos visualizassem outras obras do artista Sérgio César. (Este notebook é um projeto da prefeitura municipal para o ano de 2012, cada professor recebeu um, e está sendo capacitado para utilizá-lo em sala de aula, o ano que vem todos os alunos terão o seu.)

Neste dia os alunos levaram para casa um bilhete, pedindo que trouxessem para escola caixas vazias de diferentes tamanhos para uma produção artística.

Dia 25 de outubro, terceira e quarta alua (aula dupla) oficina – escultura de papelão, riscos, recortes e montagem.

De posse das caixas e de outros materiais como: cola branca; tesoura; papelão; lápis; cola quente; pistola de cola quente; e extensão, foi relembrada algumas dicas sobre a técnica de escultura em papelão (riscar primeiro todas as partes, recortar, montar verificando os encaixes para depois colar).

Neste dia a estagiária da escola, Marina, gentilmente, ficou na sala durante a aula de artes para auxiliar, e como algumas partes do papelão precisava ser colada com pistola de cola quente, e visto os riscos de queimadura que o instrumento oferece e a idade dos alunos, no momento da colagem com cola quente eu ou a Marina ajudávamos os educandos.

Como tenho um número grande de alunos a ajuda da Marina foi fundamental, pois mesmo habituados a realizar oficinas de arte com freqüência eles estavam muito ansiosos e a cada instante solicitavam a minha presença era um coro de “tia, tia...”,ora para saber minha opinião,ora para resolver conflitos,ora para solucionar questões como: “minha caixa é pequena e eu quero fazer um prédio...”,enfim, a ajuda foi importantíssima para que todos os trinta alunos pudessem terminar a montagem da sua escultura no tempo de duas aluas, duplas.

A quinta aula, dia 28 de outubro, foi destinada ao acabamento das esculturas, a pintura, um momento de muita euforia, os alunos foram divididos em seis grupos de cinco alunos, a principio a diretora se comprometeu a comprar tinta “primer” a ideal para pintar caixa de leite e de sapato, usado em varias esculturas, porém,por questões de logística no dia da aulas as tintas foram compradas,nem o isopor para montagem das obras formando o entorno urbano com a junção das esculturas dos alunos.Prevendo a possibilidade das tintas não estarem disponíveis ,levei todas as que eu dispunha em casa,assim como,trinta pinceis,jornal velho,latinhas de estrato de tomate vazia para por água e retalhos de panos.

Algo que me surpreendeu foi ao partilhar com a classe que não tínhamos as duas placas para montagem da produção, o aluno Felipy,sugeriu fazer as ruas de papelão e justificou “Vai ter um efeito ainda melhor porque o papelão que o Fábio trouxe é bastante e tem uma marca no meio pra gente pintar da cor da rua”,a Nycolli ,muito criativa, completou: “Tia você arruma linha e palito pra fazer os postes?” e a sala se transformou em uma panela de pressão onde pipocavam ideias ,por parte dos alunos, para crias soluções estéticas de como montar o trabalho .

Todos os alunos conseguiram pintar suas produções, durante a aula, e os que terminaram primeiro pintaram a rua em um papelão bem cumprido.

Mesmo procurando planejar todas as ações detalhadamente e buscando antever possíveis imprevistos, alguns são inevitáveis fogem ao controle do docente, porém, com comprometimento, coragem e criatividade é possível superar todos eles garantindo a efetivação os planos de aula.

Sexta e última aula, quatro de novembro, finalização do projeto, junca das produções individuais em uma montagem coletiva para a exposição.

Infelizmente, neste dia dez alunos faltaram, contudo o cronograma foi seguido em respeito aos discentes que não faltaram, deste modo mediei às negociações entre os alunos de onde eles queriam expor suas produção e como organizá-las, como não havia acordo em que lugar especifico expor, pois alguns queriam na entrada da escola outros no corredor das salas ao lado do auditório ,um lugar em que é realizado cursos da rede municipal de ensino e o fluxo de pessoas é grande , para ser coerente foi realizada uma votação e ganhou o corredor.

Depois de montado, três alunos, que demonstraram interesse, visitaram as outras salas explicando do que se tratava nossa exposição e contou um pouco do conceito das obras do artista Sérgio César, inspiraração para a “releitura do entorno urbano”.

A avaliação consistiu na observação sistemática dos alunos ao longo de todas as atividades realizadas e analise dos trabalhos. Foi levado em consideração as aprendizagens realizadas pelos alunos em todo o processo e não a performance do produto final,e é exatamente esta avaliação constante que indicou os ajustes necessários durante a aplicação do projeto.

É preciso ressaltar que, cada aluno teve seu percurso individual e seu tempo de aprender respeitado.

Acredito que a estratégia que, mas se destacou no projeto tanto durante o planejamento quanto na aplicação foi a criatividade tanto para buscar matérias alternativos para realização das oficinas quanto para tornar as aulas mais atrativas e prazerosas.





sexta-feira, 4 de novembro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem



Projeto: “Reciclando o Olhar uma necessidade sócio ambiental”

Marcela Matos.

Introdução

O meio ambiente é um tema transversal, que deve ser explorado nas diversas disciplinas. Deste modo, a questão ambiental atrelada à disciplina de geografia e arte trabalham em conjunto com o intuito de contribuir com o a compreensão da dinâmica das paisagens culturais representada no espaço cotidiano do aluno.

Em outras palavras, através da proposta de uma leitura e também releitura de seu entorno – bairro- relacionar a urbanização com os impactos ambientais.

Esta proposta de releitura é desenvolvida em uma oficina de escultura cujo material é o papelão, inspirado nas obras de Sérgio Cezar.

O artista plástico Sérgio Cezar, criador das imagens da abertura da novela Duas Caras, uma maquete construída com sucata, onde a matéria-prima mais utilizada era o papelão. Este artista plástico desmonta o lixo da cidade, pedaço por pedaço, e a reconstrói de outra maneira substituindo ingredientes, descobrindo-os e invertendo-os.

Sérgio desloca o papelão da sua função de cobertor, abrigo, para torná-lo instrumento de arte, pois para ele este material é tão nobre quanto o bronze. Sérgio, com seu trabalho, quebra o monopólio de educação e acesso à arte. (...) Os excluídos da sociedade podem agora ler a escrita da cidade, apreender seus sentidos, perceber seu colapso e se recolocar no espaço do qual foram excluídos. Resgata a memória da cidade e com isso a auto estima das comunidades carentes, que com as sobras da sociedade de consumo constroem obras de arte. O projeto “Reciclando o Olhar uma necessidade sócio ambiental” é destinado aos alunos do 4° ano da escola municipal “Sagrados Corações” localizada na cidade de Barretos.

A proposta de trabalho é importante no sentido que enriquece o currículo escolar, amplia a visão de mundo dos estudantes, proporciona integração de perspectivas como: a leitura de mundo, em especifico o entorno em que os alunos envolvidos no projeto estão inseridos, a ocupação do espaço urbano pelo homem e suas implicações ambientais.

O projeto tem como culminância uma oficina de escultura cujo material é o papelão, inspirado nas obras e trabalho social do artista Sérgio Cezar e traz para os alunos uma importante reflexão e compreensão da realidade, agregado a uma experimentação artística que fomento e gosto pela arte.

Objetivos Gerais:

Objetiva-se com este projeto de trabalho proporcionar aos discentes situações de aprendizagem propicias a reflexão acerca da urbanização a partir de releitura do seu entorno urbano que possibilitem o desenvolvimento da criatividade, do gosto pela criação artística e principalmente do senso crítico.

Objetivos Específicos:

- Ampliar a compreensão visual em relação ao cotidiano próximo,

- relacionar urbanização e impacto ambiental;

- Refletir sobre questões ambientais;

- Perceber com outros olhares o cotidiano visual, “já visto”;

- Despertar a curiosidade e o gosto pela arte;
- Interagir com procedimentos em artes-escultura de papelão;

- Sintetizar e Organizar informações.

E é justamente a questão da humanização o eixo da discussão entre Geografia, Arte Educação e Meio Ambiente, pois envolve o arcabouço cultural e a reflexão do homem frente às ações em diferentes tempos e espaços.
A Arte enquanto representação do espaço que a sociedade humana criou e continua re-criando na construção e transformação constante desse espaço, deste modo, a questão da “modernização” do espaço ocupado pelo homem, em especifico o espaço urbano, e suas conseqüências para o meio ambiente.

Cronograma:

(Carga horária total: 04 aulas de 50 minutos cada.)

O projeto será desenvolvido de modo participativo.

Descrição geral das atividades a serem realizadas:

1ª aula

1º momento: leitura de imagens (imagens da cidade e do bairro- uso da data show, problemas ambientais), 2º momento: Roda de conversa: discutir a relação urbanização versos questão ambiental (conseqüências), 3º momento: apresentação do trabalho de Sergio Cesar (data show). Esboçar no sulfite um ambiente urbano que queira esculpir (começar na aula terminar em casa).

2ª aula: oficina – escultura de papelão, riscos, recortes e montagem.

3ª aula: oficina – escultura de papelão, acabamento .

4ª aula: exposição.

Técnicas: escultura em papelão.

Materiais e instrumentos:

- pinceis;

- copos com água (para limpar os pinceis);

- pedaços de tecido (para limpar os pinceis);

- tinta guache de varias cores;

- jornais velhos;

- sulfite;

- aventais (se possível);

- cola branca;

- tesoura;

- Papelão;

- Lápis;

- Registros fotográficos;

- cola quente;

- pistola de cola quente;

- extensão;

- fotos da cidade e do bairro digitalizadas;

- data show.

Fontes de pesquisa:

- Arquitetura de papelão – Cesar Sergio. Disponível em: http://sergiocezar.blogspot.com/. Acessado em: 20/09/2011

- Uma escola que constrói valores. Disponível em: http://www.escolapedradagavea.com.br/1_g_2.asp .Acessado em: 21/09/2011

- Arquitetura de papelão – Cesar Sergio .Disponível em: http://www.constelar.com.br/constelar/119_maio08/mapateste_sergiocezar.php

(do site Baixo Santa do Alto Glória) Acessado em: 12/09/2011

- Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília, MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf Acessado em: 19/09/2011.

Olá Patrícia!